terça-feira, 27 de março de 2012

A mágica do Rastafari

Paz e união constituem a base de uma popular cultura jamaicana que vêm conquistando seguidores há muitos séculos e em diferentes lugares do planeta. Hoje você vai conhecer um pouco mais sobre o Rastafari, ou melhor: suas polêmicas.

"Enquanto a cor da pele for mais importante que o brilho dos olhos, haverá guerra". (Bob Marley)

Diferente do que muitos pensam, o Rastafari não é uma religião que é pregada em templos ou igrejas, e muito menos é constituído apenas pelo conhecido reggae. Rastafari é uma cultura, uma filosofia de vida que traz ensinamentos de respeito e amor aos seus seguidores, os rastas.

Os rastas são vegetarinos e seguem a Dieta Ital, cosumindo o que a terra oferece e de forma natural, deixando de lado principalmente alimentos enlatados e com conservantes.

Outro benefício que retiram da terra é o medicinal. Os rastas não utilizam qualquer tipo de remédio que não seja natural. Além disso, não frequentam hospitais. Eles acreditam que apenas Jah (nomenclatura abreviada de Jeová, Deus) - ou tudo que provém de sua grandeza, 'naturais' - pode curar um enfermo e nenhum outro ser, como médicos, possui essa capacidade.

Uma das plantas que consideram medicinal é a Cannabis, a conhecida e polêmica ganja, marijuana ou, simplesmente, maconha. Ela não é utilizada para diversão ou prazer, mas sim para limpeza e purificação em rituais controlados. Alguns rastas escolhem até não utilizá-la. 

As marcantes cores têm importância fundamental, pois traduzem significados que representam a própria cultura, com seus princípios básicos de união e defesa de suas raízes.




E você acha que o cabelo dos rastas é nojento, que não lavam ou que é apenas uma vaidade? Se enganou. O cabelo singular conhecido como dreadlocks é um dos costumes que acompanharam as gerações. Além dos dreads servirem como identificação dos seguidores ou simpatizantes, para eles também possui um significado cultural por ser cheio de energia, além de acreditarem que cada dread esteja ligado espiritualmente a alguma parte do corpo do rasta. 

Veja os diferentes tipos e os cuidados que deve-se ter com o dread: Revista Raça Brasil.

Uma das vertentes do Rastafari acabou sendo a mais disseminada e conhecida dessa cultura: a música.  
Antes de ser conhecida como reggae, chamava-se Nyabinghy (liberdade). A melodia composta de letra acompanhada por tambores era tocada nas montanhas traduzindo o sentimento comum de liberdade. Com o passar do tempo, foram surgindo outros ritmos resultando nas variações do reggae.
O mais conhecido é o reggae roots ou reggae de raiz, sendo limitado apenas a uma regra: falar de paz, união, amor e respeito.

Se você nunca reparou, experimente:
'One Day' - Matisyahu 


Seguir o Rastafari é caminhar sem discriminações, sem preconceitos. Saber deixar as coisas seguirem seu caminho natural. É semear o amor, plantar a Paz, cultivar amizades e colher união. É estar em contato com a natureza, se doando mais, mas sem esperar em troca. 

Veja aqui os 9 princípios de um Rastafari.

Mesmo que não siga essa cultura, pode-se absorver muito conhecimento e adotar alguns de seus princípios que não exige muitos esforços. 

Plantar amor para colher o bem, respeitar o próximo e estar de paz consigo mesmo são práticas que vão além de qualquer religião, crenças e costumes. É apenas uma filosofia de vida que, ao adotar, percebemos o quão evoluímos e quanta diferença podemos fazer para nós e para o mundo. 
"Não duvide, apenas saiba, Jah sempre nos dá força na batalha."
Solano Jacob

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