terça-feira, 3 de abril de 2012

Como os elefantes, ser grande também na alma

Para nós, ao falar de elefantes podemos remeter apenas à ideia de um dos maiores mamíferos encontrados na África ou em zoológico e bem distante da nossa realidade. Porém, para os seguidores do Hinduísmo, o elefante não é só mais um integrante do mundo animal. Ele é um ser sagrado e respeitado.
Elefantes enfeitados para celebrações na Índia


Para os hindus, o elefante simboliza paz, poder, sabedoria, força e prosperidade. No Nepal e na Índia, é a representatividade de Ganesha, deus sagrado que traz a vitória, sendo invocado para ajudar a ultrapassar qualquer obstáculo. Seu corpo é humano enquanto que a cabeça é de um elefante; ao mesmo tempo, seu transporte é um rato. 
Ganesha: o deus do Sucesso
Desta forma, Ganesha representa uma solução lógica para os problemas, ou "Destruidor de Obstáculos". Conheça a história e as simbologias de Ganesha, aqui. No Tibet, esse mamífero representa aquele que sustenta o mundo, e em toda a Ásia é a montaria dos soberanos. Na Idade Média foi símbolo da castidade (durante os dois anos em que a fêmea está em gestação, o elefante macho se mantém em abstinência sexual, junto à companheira), da temperança e da precaução. Em 2010, o Governo indiano declarou através de seu ministro do Ambiente, Jairam Ramesh, o elefante como "patrimônio nacional" para reforçar a proteção desta espécie animal. "Fazem parte do nosso patrimônio há vários séculos e temos de dar (à espécie) uma importância igual à do tigre", afirmou Ramesh, citado pela agência noticiosa indiana IANS. Segundo Ians, na Índia vivem 60% dos elefantes da Ásia, resultando cerca de 25 mil, dos quais 3,5 mil estão em cativeiro.
Festival do Elefante - Jaipur, Índia

Para comemorar a importância do elefante na cultura indiana, o Festival do Elefante acontece anualmente no mês de março em Jaipur, na Índia. A festa coloca os elefantes como centro das atrações. O evento começa com uma procissão de elefantes, camelos e cavalos, seguido pelo povo. Na festa acontecem corridas de elefantes, jogos de pólo com elefantes e cabos de guerra entre homens e elefantes. Para saber mais sobre essa festa, acesse Segredos da Índia.
          Trazendo essa cultura para mais perto, o elefante já é considerado por muitos fora do hinduísmo como amuleto de sorte, utilizado para atrair riqueza e prosperidade. O mais comum é ter em casa ou no trabalho sobre a mesa. Há poucas superstições para ele. Uma é de colocá-lo sempre de costas para a porta de entrada. Dizem que é nesta posição que atrai sorte, evita a falta de dinheiro e repele o mau olhado. Outra é acariciar a tromba do elefante toda vez que sentir a necessidade de uma “ajudinha extra” ao iniciar seu dia, para trazer felicidade e saúde a todos ao seu redor.          
Esse já faz parte da decoração 
do meu quarto.
  Desde quando os elefantes agregam um valor elevado como grandeza, presentear pessoas queridas com um deles, seja em joia, em esculturas, móbiles, chaveiros ou pinturas, demonstra o tamanho da afeição, a generosidade e o valor dele para ambos, seja quem dá ou quem recebe.
          É incrível como um animal pode significar tanto para uma cultura, uma religião, ou para pessoas que apenas se identificam com as crenças e a ideologia. Elefantes também são conhecidos como os animais que nunca esquecem. Independente de terem sido tratados bem ou mal, eles vão se lembrar. E, por tudo que passamos e ainda passaremos nessa jornada, o elefante é uma excelente representação do que sentimos, do que precisamos e do que almejamos.          Ao mesmo tempo que queremos superar barreiras, ultrapassar limites e evoluir, queremos ser protegidos do mal e das energias negativas. Se nessa trajetória somos passados para trás por alguns e levantados por outros, desses nunca esqueceremos. Sem vingança, apenas aprendizado. Fazendo o bem aos que precisam e não servindo de pedestal aos que querem subir na vida sem esforços. 

3 comentários:

  1. Prof,

    tentei colocar a letra maior, mas sem sucesso. Postei 3 vezes o post, e ele saiu assim, com a letra menor que os outros posts. :(

    Fernanda

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  2. Fernanda, gostei do artigo sobre os elefantes.

    José Elias

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