terça-feira, 15 de maio de 2012

Não só observe. Absorva.

Eduardo Marinho queria experimentar o que era não ter nada. Não ter privilégios e nem direitos. Deixou sua vida de classe média e foi pra rua.

Pensou em seguir uma profissão, principalmente por pressão de seus pais. Mas como seguir uma profissão sendo que não gostava de nada e não sentia-se atraído por nenhuma carreira. Foi aí que optou por ser militar. Acreditava que seguir essa carreira seria fácil, mas uma noite, depois que mirou e tirou a vida de uma pessoa, caiu em si e chegou à conclusão de que ser militar é abrir mão de sua consciência. Foi neste momento que decidiu que não passaria despercebido nesta vida e que, principalmente, não daria sua vida como alimento nesta sociedade.

Em um vídeo gravado por estudantes em uma espécie de entrevista, Eduardo Marinho descreve todos os momentos de sua vida e como chegou onde está hoje:  não tem curso superior, é dono de sua arte e ganha a vida com seus trabalhos.


Hoje, Eduardo tem um blog chamado "Observe e Absorva" no qual publica discussões de assuntos que estão em alta e que envolva a sociedade diretamente. Neste blog, ele mostra que não está nessa vida para competir. Ele veio para representar o seu eu e mostrar que o país no qual vivemos não é uma democracia, mas sim um "democracídio". Em suas palavras, o governo está exterminando a população deixando seus cidadãos cada vez mais frágeis, mais insensíveis, egoístas e dependentes.

Para muitos, Eduardo não passa de um rebelde que deixou sua casa e sua família para morar na rua livre de tudo e todos. Mas ele rebate: "eu nunca me rebelei. Apenas o que a sociedade me ofereceu nunca me satisfez, então eu fui atrás do que eu queria".

Para Eduardo, o indivíduo precisa apenas dos "5 A's" para viver: ar, água, agasalho, alimento, abrigo. Nada mais. Tudo além disso é supérfulo, é ostentação´, é desnecessário.

Ele ainda deixa sua ideologia para refletirmos: "eu teria vergonha de ostentar riqueza, de ter privilégios. Porque é como eu disse, privilégio come direito. Para essa elitizinha-zinha ter tanto privilégio, falta direitos básicos pra grande maioria. Isso é falta de solidariedade, isso é uma enorme grosseria".

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